quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Ponta Delgada – Vandalismo Cultural ou Desenvolvimento? - XXXVIII


Vista de Ponta Delgada antes da desastrosa construção da Avenida do Infante D. Henrique. De salientar a volumetria harmoniosa dos edifícios. Hoje a cidade cresceu no sentido natural, para o interior, mas só o conseguiu depois da destruição de toda a sua curiosa orla marítima e parte considerável do seu centro histórico


Vista da orla marítima de Ponta Delgada tirada da torre da Igreja de S. Pedro, vendo-se em primeiro plano o telhado da casa Hickling e os jardins protegidos por fortes muralhas e as casas da Rua dos Mercadores com muralhas para o mar. Ao fundo as traseiras do edifício da Alfândega e o cais e mais ao longe as pontes do Clemente.



Aspecto actual do Cais do Corpo Santo e ao fundo junto à muralha o que resta (nada!) do elegante e bonito Cais da Sardinha


Aspecto actual da orla marítima de Ponta Delgada ornada com arquitectura desproporcionada e incaracterística


Aspecto actual da orla marítima de Ponta Delgada. O primeiro edifício à direita a antiga Alfandega, hoje PSP, semienterrada pela elevação da cota da Avenida do Infante e único sobrevivente da agressiva e desastrosa intervenção. Ao fundo o Forte de S. Brás. Entre eles toda uma série de edifícios de qualidade arquitectónica mais que duvidosa e que resultam da destruição violenta do que foram algumas interessantes construções seculares e completaram a descaracterização da secular orla marítima da cidade, destruindo muralhas, Fortes, edifícios e os pitorescos e seculares portos de acesso à cidade. (Cais do Corpo Santo, Cais da Sardinha, Cais da Alfândega, Cais e Forte de S. Pedro e Cais da Calheta de Pêro de Teive)

Hoje Ponta Delgada desenvolve-se, muito naturalmente, para o interior, completada que está a destruição do que foi a sua pitoresca orla marítima e grande parte do seu centro histórico!

Carlos F. Afonso
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