terça-feira, novembro 30, 2004

Um brinde...


bem regado, mas sem fumo, para que esta data se repita por muitos anos.

| Arquivo de Comentários Antigos

segunda-feira, novembro 29, 2004

Idades

Na idade mais longínqua eu discordava de quase tudo o que os pais meus vaticinavam.
Mais tarde passei a concordar com tanto do que diziam e com os seus prognósticos, mas calei essa concordância durante uns tempos.
Hoje, depois de uma breve troca de mensagens com o meu Pai sobre as notícias políticas do momento, voltei a discordar dos seus augúrios, embora no fundo saiba que existem 50% de probabilidades de se verificarem.
Espero que isto não seja o retorno àquela longínqua idade. É que costuma dizer-se que, na curva da vida, na 3ª idade voltamos à infância, mas eu ainda estou longe da 3ª e não quero, nunca, abandonar um pouco da primeira.
| Arquivo de Comentários Antigos

Regra de três simples

Sampaio está para o povo português, como o Supremo Tribunal ucraniano está para o povo ucraniano... a adiarem uma solução ou um problema.


| Arquivo de Comentários Antigos

Pena

A propósito da demissão de Henriques Chaves (e sem comentar as palavras deste), Morais Sarmento diz que "tem sempre pena" quando sai um membro da equipa do Governo.
Eu tenho é pena que não saia a equipa toda...


| Arquivo de Comentários Antigos

domingo, novembro 28, 2004

Os domingos de Lisboa

Os domingos de Lisboa são domingos
Terríveis de passar - e eu que o diga!
De manhã vais à missa aS. Domingos
E à tarde apanhamos alguns pingos
De chuva ou coçamos a barriga.

As palavras cruzadas, o cinema ou a apa,
E o dia fecha-se com um último arroto.
Mais uma hora ou duas e a noite está
Passada, e agarrada a mim como uma lapa,
Tu levas-me p'ra a cama, onde chego já morto.

E então começam as tuas exigências, as piores!
Quer's por força que eu siga os teus caprichos!
Que diabo! Nem de nós mesmos seremos já senhores?
Estaremos como o ouro nas casas de penhores
Ou no Jardim Zoológico, irracionais, os bichos?

Mas serás tu a minha «querida esposa»,
Aquela que se me ofereceu menina?
Oh! Guarda os teus beijos de aranha venenosa!
Fecha-me esse olho branco que me goza
E deixa-me sonhar como um prédio em ruína!...


Alexandre O´Neill

| Arquivo de Comentários Antigos

sábado, novembro 27, 2004

Ponta Delgada – Vandalismo Cultural ou Desenvolvimento? - XXVI


Aspecto actual da Praça do Município. À esquerda, a Rua de Santa Luzia, antiga Rua da Carreira e à direita a Rua do Açoreano Oriental, antiga Rua da Cadeia Velha

Retornando à Praça do Município e olhando a Câmara de frente vemos que na parte sul do edifício existe a Rua de Santa Luzia, antiga “Rua da Carreira que vaj para o corpo Samto”ou “Rua da Carreira” que depois de cruzar a Rua do Sampaio (hoje Dr. Luís Bettencourt e Medeiros e Câmara), se dirigia ao Cais do Corpo Santo e à Fortaleza de S. Brás.
Nesta rua existia do lado sul um bonito solar do séc. XVII, pertencente ao ilustre historiador de arte e etnógrafo Dr. Luís Bernardo Leite de Ataíde, que nasceu em Ponta Delgada, em 25 de Abril de 1883, aqui falecendo a 17 de Julho de 1955.
Cursou Direito em Coimbra, em 1900, mas, regressado a Ponta Delgada, dedicou-se, especialmente, à pintura e à escrita de arte. Publicou, nomeadamente, “Manifestações de Arte entre nós nos séculos XV, XVI e XVII”, “Notas sobre Arte”, “Etnografia Artística”, “Vida Antiga de S. Miguel” (2 volumes), “Ermidas Micaelenses”, “Arquitectura Regional” e “A Nossa Gente”, bem como, já nos anos quarenta, “Organização de Museus em Ponta Delgada”, “As Secções de Arte e Etnografia no Museu de Ponta Delgada”, “A Urbanização de Ponta Delgada e a sua Arquitectura” e “Trechos da Vida Rústica Regional”, entre outros. Foi fundador e director das Secções de Arte e de Etnografia do então Museu Municipal de Ponta Delgada, impulsionando a instalação definitiva do actual Museu Carlos Machado no Convento de Santo André. Na vida política, foi eleito, em 1921, deputado liberal pelo círculo de Ponta Delgada, integrando a comissão encarregue de estudar a Reforma do Estatuto das Juntas Gerais Autónomas.
O solar do séc. XVII que pertenceu ao Dr. Luís Bernardo Leite de Ataíde foi demolido para se construir o actual edifício dos Correios.


Edifício dos Correios, situado na actual Praça Vasco da Gama, construído no local onde existiu um solar do séc. XVII. O Fontanário, à direita, foi transferido do Relvão onde se encontrava e foi oferecido pela companhia belga de águas de Liège, fornecedora das tubagens para o abastecimento de água potável a Ponta Delgada


O mesmo fontanário na sua localização inicial no Relvão em 1901

Carlos F. Afonso
| Arquivo de Comentários Antigos

sexta-feira, novembro 26, 2004

Homens de um Século

Não consigo reproduzir a frase que ouvi hoje mas era mais ao menos isto: os cientistas e os artistas marcaram mais este século (o XX) do que os políticos.
Não estou tão certa que assim seja, mas era assim que eu gostava que fosse.
Pelo menos face à política e politicos que temos.


| Arquivo de Comentários Antigos

quarta-feira, novembro 24, 2004

Parabéns!

Por um ano de Professorices e, sobretudo, pelas Açorianices que aí tanto aprendo!


| Arquivo de Comentários Antigos

Made in Heaven

I'm taking my ride with destiny
Willing to play my part
Living with painful memories
Loving with all my heart

Made in heaven, made in heaven
It was all meant to be, yeah
Made in heaven, made in heaven
That's what they say
Can't you see
That's what everybody says to me
Can't you see
Oh I know, I know, I know that it's true
Yes it's really meant to be
Deep in my heart

I'm having to learn to pay the price
They're turning me upside down
Waiting for possibilities
Don't see too many around

Made in heaven, made in heaven
It's for all to see
Made in heaven, made in heaven
That's what everybody says everybody says to me
It was really meant to be
Oh can't you see
Yeah, everybody, everybody says
Yes it was meant to be
Yeah, yeah

When stormy weather comes around
It was made in heaven
When sunny skies break through behind the clouds
I wish it could last forever, yeah
Wish it could last forever, forever

I'm playing my roll in history
Looking to find my goal
Taking all this misery
But giving it all my soul

Made in heaven, made in heaven
It was meant to be
Made in heaven, made in heaven
That's what everybody says everybody says
Wait and see, it was really meant to be
So plain to see
Yeah, everybody, everybody, everybody tells me so
Yes it was plain to see, yes it was meant to be
Written in the stars...
(Queen)
Parece que foi ontem...
| Arquivo de Comentários Antigos

Ponta Delgada – Vandalismo Cultural ou Desenvolvimento? - XXV


Vista aérea do antigo Cais. O Cais Velho, as Portas da Cidade e a Varanda de Pilatos à esquerda. A Fonte dos Navegantes com a sua arcaria e à direita o edifício da Alfandega e o Cais da Alfandega. De notar as casas da Rua dos Mercadores todas viradas de costas para o mar e protegidas por fortes muralhas. Um pouco para a esquerda no alto da fotografia o Convento de S. João e a sua extensa cerca ainda intactos.


Cais Velho no séc. XIX , estando já construído o Aterro, vendo-se atrás do coreto a Cervejaria Roberto bonito exemplar do fim do séc. que me lembro ainda de frequentar nos anos 50.
No local onde está o Coreto era onde se situava o Forte do Açougue que era de escassa dimensão e construído em alvenaria. Tinha três canhoneiras e duas casas telhadas, servindo uma de paiol e arrecadação e outra para a guarnição e outra de quartel para a guarnição. Já não existia em 1885 (Coronel Rodrigo Álvares Pereira, Monumentos Histórico Militares Micaelenses, Insulana, Vol. III nº 3 e 4 – 1946


Planta de 1802 desenhada em 20 de Julho de 1802 por Ignácio Joaquim de Castro, Governador e Coronel de Artilharia nesta Ilha que mostra como era o cais antes da obra de construção do novo Cais do Mar em 1831.


Notar que existia no séc. XVIII uma Travessa entre o actual edifício do Banco de Portugal e o seguinte que conduzia a um edifício voltado para a “caldeira” do porto e que se situava por detrás dos açougues e que está identificado como Forte dos Açougues aproximadamente no local onde se situava o Café Roberto.
Na legenda da Planta lê-se :
Depois do referido dia 20 de Julho de 1802 o mencionado Governador da Ilha fez ajuntar na sua caza o Corpo de Negociantes os quais deram 400$000 para desentulhar a dita caldeira, o que conseguiu o mesmo Gov. de sorte que hoje presentemente se acha dezembaraçado o Cais do Mar para se poder embarcar e dezembarcar com muita satisfação do público



Planta de 1832, já referida no início deste trabalho, onde se vê o Cais Novo construído e desentulhado.
Notar que a Travessa do Arco conduzia pelo nascente ao Cais Novo. O edifício antigo da Misericórdia está assinalado, vendo-se que ocupava todo o quarteirão até à actual António Joaquim Nunes da Silva (antiga Rua de S. João de Deus) e a Rua do Aljube não descia até ao Largo Vasco Bensaúde (antigo Largo da Misericórdia) mas sim continuava-se pela Travessa do Aljube até à Rua Manuel Inácio Correia, então do Valverde, onde está assinalada a destruída Ermida de Nossa Senhora da Boa Morte.


Actual localização do pitoresco Café Roberto, no último edifício com arcadas à esquerda, recoberto de azulejos, agora transformado em armazém, num beco imundo chamado Beco do Aterro e ”enterrado”pelos desinteressantes edifícios que o esconderam.

Carlos F. Afonso
| Arquivo de Comentários Antigos

terça-feira, novembro 23, 2004

Amazónia

Recebi por e-mail como sendo um discurso não publicado.
Não sei se é verdade, mas que o texto vale a pena, vale!

Durante um debate numa universidade nos Estados Unidos actual Ministro da Educação, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazónia (ideia que surge com alguma insistência nalguns sectores da sociedade americana e que muito incomoda os brasileiros).

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um Brasileiro. Esta foi a resposta do Ministro
:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra internacionalização da Amazónia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse património, ele é nosso.

Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazónia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro... O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazónia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e subir ou não o seu preço.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazónia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.

Queimar a Amazónia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo génio humano. Não se pode deixar esse património cultural, como o património natural Amazónico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito tempo, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso,aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milénio,mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris,Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos também todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Nos seus debates, os actuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazónia.
Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um património da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia seja nossa. Só nossa! "
| Arquivo de Comentários Antigos

Certeza...

...filhos de peixe podem, evidentemente, respirar como o peixe. Pelas guelras!
Vem isto a propósito de Maria Rita.
Depois de ver o concerto de Maria Rita dou a mão à palmatória àqueles que afirmam que a moça tem demasiadas parecenças com a mãe, aviltrando provalmente que pretenderá colher louros do prestígio e fama que a mãe granjeou.
Ela tem parecenças com a mãe, tem. Anda, dança e até se posicina como a mãe.
A questão é que ela é filha da mãe e pode ter todas essas parecenças sem as cultivar, sem as querer.
Por isso, porquê "julgar-lhe" o valor artístico por uma coisa que não sabemos se é intencional ou inato?
| Arquivo de Comentários Antigos

Dúvidas...

... Se o Estado sempre accionar a Tabaqueira, em virtude dum pesticida qualquer, potencialmente cancerígeno, que alegadamente existe em lotes de SG Filtro e SG Ventil, qual a vantagem para o Estado desta acção?


... Será possível ler o que PSL escreveu na bíblia?

... O que trará de bom ao país a presidência da UE?

... Para quê referendar a Constituição Europeia?

Não são essenciais, mas são irritantes estas dúvidas!


| Arquivo de Comentários Antigos

sexta-feira, novembro 19, 2004

Encontros E Despedidas

Mande notícias do mundo de lá
diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
quando quero

Todos os dias é um vai e vem
a vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar

E assim chegar e partir
são os dois lados
da mesma viagem
O trem que chega
é o mesmo trem da partida
A hora do encontro
é também despedida
A plataforma dessa estação
é a vida desse meu lugar
é a vida desse meu lugar
é a vida...


(De Milton Nascimento Fernando Brant por Maria Rita)
| Arquivo de Comentários Antigos

quinta-feira, novembro 18, 2004

Ponta Delgada – Vandalismo Cultural ou Desenvolvimento? - XXIV

Este espaço conduzia ao antigo e pitoresco Cais da Alfandega, construído entre 1829 e 1831, por proposta do Capitão-General Almirante Henrique Sousa Prego, segundo o projecto de João Valentim Schmoll, alemão residente em Ponta Delgada que construiu o anterior relógio da Matriz , hoje na Povoação. Há quem diga que teria sido relojoeiro do Rei Luís XVI e que teria vindo para a Bretanha acompanhando o Delfim, supostamente aqui refugiado, o que teria originado o apelido Capeto naquela freguesia
O projectista oficial, Manuel Joaquim da Silva, ter-se-á limitado a copiar o referido projecto e que substitui o antigo Cais da Terra descrito por Frutuoso: “dois cais de cantaria e suas escadas de serventia; e por um estar no meio do porto, faz de um dois, no de leste entram os navios, e no de loeste entram e vão batéis, e está o Pelourinho que disse; e para ambos entram por uma barra. Sobre o cais, da banda do levante está a alfândega com muitas oficinas e ameias, e, da banda da terra, está um peitoril, com sua porta, como muro, com suas bombardeiras, que aparta a praça da cidade de ambos os portos ou do porto dela; no primeiro dos quais, onde entram os navios, parece correr uma ribeira de água quase doce que ali com a salgada se mistura, ainda que por mais certo se tem ser água do mar que com a enchente se sume pela terra e com a vasante torna a sair dela, já menos salgada; e no segundo estava um chafariz grande como tanque, onde tomavam água os mareantes e lavavam roupa, procedido de outro que com a frescura das muitas bicas está ornando a Praça, o qual mandou fazer um Micer Bernardo."
O Cais da Alfandega, porventura o mais pitoresco local de Ponta Delgada, foi selvaticamente destruído pelo prolongamento do alargamento do Aterro e com a construção da Avenida Infante D. Henrique e a Praça Gonçalo Velho.



Edifício da Alfândega


Vista do lado sul da Matriz e cais com o edifício da Alfandega já modificado e igual ao que existe hoje como sede da PSP.
A Varanda de Pilatos já construída.
Foto tirada da Torre da Câmara Municipal.



A Praça Gonçalo Velho cerca de 1957, vendo-se o antigo cais já aterrado, o edifício da Alfandega antiga ao fundo e à direita a Avenida já construída.
O edifício com arcadas a nascente da praça, parcialmente construído e situado no local do antigo Cais da Terra



Cais da Alfandega (Fonte dos Navegantes) Foto de 1870.
À direita ficava a Alfandega e o seu cais e à esquerda o chamado Cais Velho.
Também à esquerda se vêem as Portas da Cidade, encostadas a uma muralha que, para o lado norte virado para a Matriz, era constituída por arcadas com os açougues.
Posteriormente estas arcadas foram demolidas e a muralha rebaixada para se construir a Varanda de Pilatos, quando da construção do Aterro.



Nova vista mas tardia do Cais Velho, já com a Varanda de Pilatos construída


Vista da Varanda de Pilatos

Nos próximos dias continuaremos no Cais.

Carlos F. Afonso
| Arquivo de Comentários Antigos

Obrigada...

É para ti, é.
E é também para te dizer que há portas melhores, há cantos melhores.
Não é pelo (e para ser o) melhor que estou, aqui ou em qualquer lugar.
Estou para estar, e fazer os outros sentirem-se, bem.

| Arquivo de Comentários Antigos

E se alguém me oferece...

isto

... eu rio-me tanto como quando alguém me oferece

isto.

Ena, ao humor.


| Arquivo de Comentários Antigos

quarta-feira, novembro 17, 2004

O Que o Comunismo Ainda nos Pode Ensinar

Já foi publicado há dois dias mas aqui ficam as palavras de Vaclav Havel a propósito do 15º aniversário da Revolução de Veludo, em 17 de Novembro de 1989, que pôs fim a 41 anos de ditadura comunista na Checoslováquia.
Hoje, vivemos numa sociedade democrática, mas muitos - não só na República Checa - ainda crêem que não são verdadeiros donos do seu destino. Deixaram de acreditar que podiam realmente influenciar os acontecimentos políticos e, ainda menos, influenciar o rumo que a nossa civilização está a tomar.
| Arquivo de Comentários Antigos

Hoje é o meu dia!
| Arquivo de Comentários Antigos

terça-feira, novembro 16, 2004

Porque...

...a deontologia é, de facto, um caso à parte. E relevante!
| Arquivo de Comentários Antigos

Vô te Sefrê!

É a frase que falta nestas t-shirts.

É o que se espera num dia como o de hoje.
| Arquivo de Comentários Antigos

segunda-feira, novembro 15, 2004

House of the Rising Sun

There is a house in New Orleans,
they call the rising sun.
It`s been the ruin for many a poor girl, and me, oh Lord, I`m
one.
My mother was a taylor, she sewed our new blue jeans,
my father was a gambling man, down in New Orleans.
If I had listened to what my mother said,
I`d have been at home today,
but I was young and foolish, oh, God, let a rambler lead me
astray.
Oh Mothers, tell your children not to do what I have
done,
to spend their lives in sin and misery
in the house of the rising sun.
I`m going back to New Orleans, my race is almost run,
I`m going back to spend my life beneath the rising sun.

(The Animals)
| Arquivo de Comentários Antigos

Porque não vale a pena chorar sobre o leite derramado?


After numerous rounds of: "We don't even know if Osama is still alive", Osama himself decided to send George W. a letter in his own handwriting to let him know he was still in the game. Bush opened the letter and it appeared to contain a coded message:

370HSSV-0773H

Bush was baffled, so he e-mailed it to Colin Powell. Colin and his aides had no clue either so they sent it to the FBI. No one could solve it so it went to the CIA, on then to the NASA, then to the Secret Service. With no clue as to it's meaning, they eventually asked Britain's MI-6 for help. MI-6 cabled the White House: Tell the President he is holding the letter upside down.
(Recebido Via e-mail)
| Arquivo de Comentários Antigos

Finalmente...

...percebi o que o meu Sporting me reserva este ano.
Surpresas. Para o bem ou para o mal, e quando menos se esperam.
Pode ser bom, é sem dúvida emocionante, mas não nos traz a vitória certa. Nem a faz merecer.

| Arquivo de Comentários Antigos

domingo, novembro 14, 2004

Comentários: Enenation out, Haloscan in

Depois de tanta reclamação houve um "please" que me comoveu e lá arregacei as mangas para guardar todos os comentários anteriores que não queria perder e mudei de sistema de comentários.
O Enenation foi o único sistema de comentários que nunca me traiu. É certo que houve dias que não funcionou, outros em que engoliu comentários, é certo que requeria paciência dos comentadores para inserirem o comentário, mas de todos os sistemas que tive foi o que não bloqueou de vez, o que me permitiu manter o histórico de comentários quanto a cada post.
Mas dadas as reclamações, e porque este blogue existe tendo comentários (doutro modo não faria sentido), aqui fica a mudança para o sistema mais generalizado.
Espero que se sintam melhor com a melhor funcionalidade do Haloscan.
Quanto à aparência, pedindo desculpa ao Nuno por um certo "plágio", a verdade é que gostei da "template" da caixa de comentários semelhante à do blogue.
Os anteriores comentários, esses não se perderam. Guardei-os e ficarão comigo porque agora não tenho tempo (já consumido no copy paste de tudo o que vocês escreveram) para descobrir a maneira de fazer um link para eles, e executá-la.


| Arquivo de Comentários Antigos

sexta-feira, novembro 12, 2004

Ponta Delgada – Vandalismo Cultural ou Desenvolvimento? - XXIII

Durante o séc. XVIII foram construídas as chamadas Portas da Cidade, datadas de 1783 e constituídas por três arcos construídos em basalto, sendo o do meio mais alto, e ornado com as armas reais e da cidade, coroadas pela coroa real.
Inicialmente situavam-se no enfiamento do Largo da Matriz e conduziam ao Cais Velho, sendo então uma verdadeira porta de entrada para a cidade.
Hoje com a violenta destruição do Cais pela construção da Avenida estão situadas no lado norte da actual Praça Gonçalo Velho, no local onde existia uma forte muralha, com arcadas voltadas para a Praça Velha e onde funcionavam os açougues da Cidade. Ainda no séc. XIX, quando da construção do Aterro, essas arcadas foram demolidas e rebaixadas sendo transformadas na graciosa Varanda de Pilatos debruçada sobre a entrada do Cais Velho, junto às Portas da Cidade.


Portas da Cidade na sua antiga localização


Pormenor da cimalha do arco central das portas com a data de 1783


Portas da Cidade, Praça Gonçalo Velho e Avenida Infante D. Henrique


Praça Gonçalo Velho actualmente ,as Portas da Cidade localizadas sobre a antiga Varanda de Pilatos e a praça na zona aterrada exterior aos Cais da Terra


A Praça Gonçalo Velho cerca de 1957 , vendo-se o antigo cais já aterrado, o edifício da Alfandega antiga ao fundo e à direita a Avenida já construída. O edifício com arcadas a nascente da praça, parcialmente construído e situado no local do antigo Cais da Terra


Carlos F. Afonso
| Arquivo de Comentários Antigos

A não perder

Era quem eu queria ler.
Valeu a pena pelo que escreve, e pelo que documenta.

| Arquivo de Comentários Antigos

Guerra ou Paz?

Veremos o que se segue...


| Arquivo de Comentários Antigos

quinta-feira, novembro 11, 2004

Louquicias Açoreanas

É só clicarem aqui.
Via e-mail, da Helena.
| Arquivo de Comentários Antigos

quarta-feira, novembro 10, 2004

Novamente eleições

A propósito da notícia do Público sobre a proposta de um dos candidatos a Bastonário da Ordem dos Advogados relativa à existência de um exame nacional de acesso ao estágio da advocacia, acompanhei aqui e aqui as opiniões.
Apesar de apenas poder exercer profissionalmente a minha actividade se estiver inscrita na Ordem, e apesar de sentir que me devo portar bem, profissional, ética e deontologicamente, independentemente de existir ou não Ordem, a verdadade é que aceito e considero que nesta profissão, de advogados, se justifica a existência da Ordem como entidade de regulação dessa vertente do exercício da profissão.
Já me custa aceitar, e sobretudo o que a prática tem mostrado leva-me quase a ter repugnância, a intervenção da Ordem em questões que, não sendo tocadas por problemas deontológicos, deveriam ser resolvidas pelo próprio mercado e mérito de cada um.
Uma dessas questões prende-se com a formação para o acesso à formissão ou com o estabelecimento de "numerus clausus".
Esta última me parece aberrante e de nada vale comparar com os exames de acesso ao Centro de Estudos Judiciários para formação para a carreira da magistratura. Os advogados são profissionais liberais ou por conta de outrém que não o Estado. Não trabalham para o Estado (e não recebem dele os seus honorários ou ordenado), não integram órgãos de soberania nem têm o estatuto dos juízes.
Quanto à formação e aos exames de acesso à profissão (no final do estágio) a prática tem-me mostrado que, para lá da falta de critérios e uniformidade na escolha dos formadores, e na falta de critérios adequados na formulação dos exames e na classificação e correcção dos mesmos, o que efectivamente se passa é que se avaliam os estagiários em matérias que os mesmos deveriam ter aprendido nas faculdades de Direito, sendo totalmente descurada a deontologia e o valor e vocação do estagiário para ser advogado.
Além do mais torna-se vergonhoso obrigar à repetição de todo o estágio, desde o início, após a reprovação em exame, quando durante quase 1 ano e meio se atribuiram defesas oficiosas a esses a quem não se reconhece qualidade para exercer a profissão como advogado.
Estas minudências, a meu ver, mostram como o essencial não é discutir como vamos estabelecer um Regulamento de Estágio - qual o prazo para o tirocínio, os exames a efectuar, os formadores a contratar e as regras a estabelecer para tudo isto - mas sim se queremos a formação de estagiários e, em caso afirmativo, e em quê. Então depois passemos ao como, quando e por quem.
A meu ver, sabendo que nem todos os licenciados em Direito têm a oportunidade de ter um bom estágio, e porque as faculdades apenas nos ensinam (se quisermos aprender) a pensar o Direito e não a ser advogados, não me choca uma formação alargada pela Ordem a matérias que, sendo leccionadas na faculdade, não o são do ponto de vista prático do exercício da advocacia. Mas à Ordem apenas reconheço a legitimidade para a avaliação deontológica.
Outra questão é a das formas do exercício da advocacia, sobretudo nas sociedades de advogados e a das sociedades multidiscipinares, ou seja, que admitam a prática da advocacia conjuntamente com o exerício de outras profissões. A visão da Ordem aceita a primeira (embora nem todos os advogados aceitem as sociedades e as olhem como se de puros capitalistas se tratassem) mas, repudiando a segunda, conhece da sua existência e pouco ou nada faz.
Fará sentido o repúdio?
É certo que nas socidades multidisciplinares algumas questões deontológicas podem colocar-se, como a do assegurar o sigilo profissional e a de não ser respeitada a liberdade de escolha do cliente ao ser imposto o acto de advocacia praticado no âmbito dessa sociedade multidisciplinar. Mas não me parece valer a pena proibir a existência e nada fazer.
| Arquivo de Comentários Antigos

Inédito, ou talvez não?

Para além do marketing e comunicação este Governo aposta, sem dúvida, no descrédito interno.
Desde o início da governação liderada pelo PSL assistimos a isso pelo que já não nos devíamos espantar quando voltamos a ser confrontados com críticas de ministros, por outros ministros, ou com contradições puras e absolutas como esta Bagão Diz Que "É Mentira" Insistir "à Saciedade" Que "Os Impostos Vão Descer" .
Só uma coisa me explica porque é que todos ainda se mantém no poder, e nenhum se demite condignamente.
O próprio poder. A ânsia dele.
Depois não se queixem que os portugueses queiram fugir e por isso se noticie que Portugueses Conduzem Cada Vez Mais Depressa
| Arquivo de Comentários Antigos

terça-feira, novembro 09, 2004

Another Brick in the Wall

Daddy's flown across the ocean
Leaving just a memory
Snapshot in the family album
Daddy what else did you leave for me?
Daddy, what'd'ja leave behind for me?!?
All in all it was just a brick in the wall.
All in all it was all just bricks in the wall.

When we grew up and went to school
There were certain teachers who would
Hurt the children in any way they could
"OOF!"
By pouring their derision
Upon anything we did
And exposing every weakness
However carefully hidden by the kids
But in the town, it was well known
When they got home at night, their fat and
Psychopathic wives would thrash them
Within inches of their lives.

We don't need no education
We dont need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teachers leave them kids alone
Hey! Teachers! Leave them kids alone!
All in all it's just another brick in the wall.
All in all you're just another brick in the wall.

We don't need no education
We dont need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teachers leave them kids alone
Hey! Teacher! Leave us kids alone!
All in all it's just another brick in the wall.
All in all you're just another brick in the wall.

"Wrong, Do it again!"
"Wrong, Do it again!"
"If you don't eat yer meat, you can't have any pudding. How can
you
have any pudding if you don't eat yer meat?"
"You! Yes, you behind the bikesheds, stand still laddy!"


(Pink Floyd)
| Arquivo de Comentários Antigos

Ponta Delgada – Vandalismo Cultural ou Desenvolvimento? - XXII

Consolidada a vila e elevada a cidade, importava deslocar a Câmara, improvisada em 1499 defronte da Igreja Matriz. Para isso construiu-se o novo edifício na então Praça Velha, iniciado ainda no séc. XVI e continuado no séc. XVII.
O edifício da Câmara sofreu violentos estragos pelo sismo de 1852, tendo vindo progressivamente a deteriorar-se até aos anos 30 do séc. XX, ficando em tal estado que esteve para ser demolida!
Depois de falhadas as negociações para a compra do Palácio Fonte Bela (hoje Escola Secundária Antero de Quental) de 1908 a 1920, ainda a Câmara, por proposta do Dr. Augusto Arruda (1), homem culto e de muito bom gosto, chegou a pensar em comprar o palacete do Marquês da Praia e Monforte e seu extenso jardim para aí instalar a Câmara e rebaixar o muro de todo o jardim que ocupava então a Rua Marquês da Praia, a norte, a Rua do Conselheiro Luís de Bettencourt de Medeiros e Câmara, a nascente, e a Rua do Provedor, a sul, colocando um gradeamento em todo o seu perímetro com o intuito de o abrir público.
Ter-se-ia assim evitado a destruição do jardim e a construção do aberrante edifício do Tribunal, como adiante veremos, mas simultaneamente não se teria evitado a demolição do velho edifício, que foi contudo a decisão mais sensata.
Não se tendo conseguido esse objectivo, mudou-se a Câmara provisoriamente para o Solar de Nossa Senhora de Guadalupe, na hoje Rua do Marquês da Praia e Monforte e depois para o Solar dos Cantos na Rua Ernesto do Canto, onde funcionou até completar o restauro do primitivo edifício do séc. XVI e XVII.


Praça do Município vendo-se a Câmara ao fundo e à esquerda as arcadas dos açougues. Foto tirada do antigo adro da Igreja Matriz. As arcadas dos açougues foram demolidas em 17-1-1898




Aspecto actual da Praça do Município e da Câmara


Ruínas da Câmara Municipal em 1930.Fachada sul voltada para a Rua de Santa Luzia



Solar de Nossa Senhora de Guadalupe

[1] Dr. Augusto Rebelo Arruda, foi um dos pioneiros e grandes impulsionador do turismo em S.Miguel. Sócio fundador da SATA e administrador da Sociedade Terra Nostra. Um dos principais produtores de ananás, com uma propriedade modelo ainda existente na rua com o seu nome na Abelheira.


Carlos F. Afonso
| Arquivo de Comentários Antigos

sábado, novembro 06, 2004

Para 5 ilhéus do :Ilhas

Assim como falham as palavras quando querem exprimir qualquer pensamento,
Assim falham os pensamentos quando querem exprimir qualquer realidade.
Mas, como a realidade pensada não é a dita mas a pensada,
Assim a mesma dita realidade existe, não o ser pensada.
Assim tudo o que existe, simplesmente existe.
O resto é uma espécie de sono que temos,
Uma velhice que nos acompanha desde a infância da doença.

Alberto Caeiro, 1-10-1917

Falham-me as palavras porque estou com três horas de sono, em cima das quais fiz um passeio e as habituais visitas para matar saudades.
Falham-me as palavras porque já espreitei as excelentes palavras e imagens que vos ofereceram.
Enfim, falham-me as palavras porque a escrita não é para mim, mas para vocês.
Mas a realidade é que, mesmo sem palavras, aqui e logo na vossa Gala quero expressar-vos que ainda bem que o :Ilhas existe e que espero que continue a existir por muitos e bons momentos (oxalá anos) nesta blogosfera.
Porque com vocês, e com o :Ilhas, estou mais perto das ilhas.
Parabéns pelo vosso primeiro aniversário!
| Arquivo de Comentários Antigos

É desta!

Depois de uma semana atribulada, cheia de companhia e com algumas emoções nada como descontrair com estes meninos e quase em seguida voar em direcção à única terra que tem este verde...



| Arquivo de Comentários Antigos

quarta-feira, novembro 03, 2004

Ponta Delgada – Vandalismo Cultural ou Desenvolvimento? - XXI

Descendo o Largo da Matriz entramos na hoje Praça da República, antiga Praça Velha depois Praça do Município e Praça Dr. João Franco. Seguindo a tradicional distribuição urbana medieval portuguesa, a separação dos poderes espirituais e civis também se traduzia, sob o ponto de vista urbanístico, na separação das localizações das respectivas sedes, a Câmara e a Matriz. Em Angra o mesmo esquema se repete.
A praça sofreu ao longo do tempo várias alterações, sendo as mais agressivas durante o séc. XIX e XX.


Praça do Município vendo-se a Câmara ao fundo e à esquerda as arcadas dos açougues.
Foto tirada do antigo adro da Igreja Matriz.
As arcadas dos açougues foram demolidas em 17-1-1898



Fotografia de 1884 da Praça Velha vendo-se a loja de hortaliças de Filomeno Augusto do Regodestruída e substituída pelo Café Suisso e depois pelo Café Miranda.
Hoje é onde fica o BCP-Milenium.
A seguir ao Azorean Hotel, edifício que ainda existe, os edifícios setecentistas demolidos para a construção da Caixa Geral de Depósitos



Café Suisso que substituiu a loja de hortaliças e depois foi Café Miranda



Praça do Município no séc. XIX. A casa a seguir à antiga Rua da Louça era a Loja de Luís Soares de Sousa



Praça Velha vendo-se o Chafariz de mármore ali colocado em 1848 e depois retirado m 1898 e colocado as Feteiras. De notar o bonito edifício setecentista demolido para construir o Banco de Portugal



Magnífica foto do séc. XIX tirada da torre da Câmara Municipal. Vendo-se a Praça Velha com os seus edifícios intactos. O da esquerda setecentista, demolido para construir a actual Caixa Geral de Depósitos. O da direita com galeria e pináculos de cerâmica ainda existe, a seguir uma casa setecentista demolida para construir o Banco de Portugal os seguintes demolidos para construir os actuais, dos finais dos anos 50 do séc. XX, que constituem o lado poente do” pastiche” do Terreiro do Paço. As arcadas a seguir, antigos açougues, que foram demolidas ainda no séc. XIX para se fazer a Varanda de Pilatos. No cais da Alfandega o primitivo edifício que foi posteriormente modificado e ampliado



Fotografia da Praça Velha vendo-se à direita o actual edifício do Banco de Portugal resultante da demolição dum edifício do séc. XVII. Chafariz já tinha sido removido e substituído por uma fonte de ferro


Aspecto actual da Praça do Município com o edifício do Banco de Portugal e as arcadas do nosso “Terreiro do Paço”. à direita. A estátua do S.Miguel Arcanjo e o insignificante tanque que substituíram o elegante Chafariz e as árvores do séc. XIX. O pavimento do Largo lembra, de forma notável o emblema do CDS


Edifício da Caixa Geral de Depósitos que substituiu o elegante edifício do séc. XVIII



Fotografia do lado sul da Matriz do início do séc. XX, com o adro da Matriz já destruído. O primeiro edifício da esquerda ainda existe mas os seguinte foram já alterados

Na Praça do Município a seguir ao edifício hoje ocupado pelo BCP e dantes ocupado pela loja de hortaliças de Filomeno Augusto do Rego, depois pelo Café Suisso e ainda pelo Café Miranda, situava-se a azinhaga do Tanque, assim chamada porque ali existiu um tanque até 1848 e se situava no passeio fronteiro ao Café Suisso e que desapareceu quando se construiu o bonito chafariz de mármore , colocado em frente à casa da Câmara, no local onde hoje está estátua de S.Miguel e depois transferido para as Feteiras, sendo substituído pelo inestético tanque hoje existente frente à estátua.
A azinhaga do Tanque dirigia-se para norte, até à Rua do Melo e continuava-se pela actual Rua Manuel da Ponte, antiga Rua das Frigideiras, depois chamada da Fonte Velha pela transferência da fonte do Castelo de S. Brás para o local Fonte Velha, no principio de setecentos como Rua do Capitão Jordão Jácome e mais recentemente Rua da Louça, que liga o eixo sul da cidade com o mediano, aqui hoje chamado Rua Machado dos Santos.
Manuel Jacinto da Ponte, natural da freguesia da Maia, faleceu, em Ponta Delgada, a 17 de V1 Dezembro de 1921. Foi professor de sucessivas gerações e presidiu à comissão fundadora do Hospital da Maia. Presidente da Comissão Executiva do Partido Republicano Liberal, foi um dos paladinos do "Movimento da Autonomia" e fez parte da primeira Junta Geral Autónoma, saída das eleições de 8 de Dezembro de 1895, como procurador pelo Concelho de Ponta Delgada. A designação toponímica "Rua Manuel da Ponte" foi atribuída por deliberação camarária de 22 de Abril de 1922. A respectiva placa toponímica foi descerrada, em sessão solene, a 17 de Dezembro de 1922.

Carlos F. Afonso

| Arquivo de Comentários Antigos

terça-feira, novembro 02, 2004

Vírus

Fui avisada pelo meu bom amigo JN, de que este blog está a causar bloqueios em computadores e alertas de anti-virus.
Não sou nada entendida nestas coisas, mas como ando a postar fotografias a partir do meu computador de casa, que foi afectado por vírus, penso que pode ter alguma coisa a ver com isso.
O computador de casa já está "limpo", mas não sei se o blog continua a fazer estragos, o que estou a tentar fazer e, em caso afirmativo, resolver.
Enquanto estou nesta incerteza, as minhas desculpas a quem já, inadvertida e inconscientemente, afectei, e o aviso para cautela a quem aqui costuma vir.

| Arquivo de Comentários Antigos


É urgente que ganhem!
| Arquivo de Comentários Antigos